Era uma vez, no reino onde não havia sutiãs, um xeque chamado Al Mamoum. Preocupado com possíveis manifestações e protestos do povo, de vez em quando desfilava numa grande liteira pela cidade distribuindo moedas para a população carente com o falso intuito de diminuir a pobreza, mas sempre ia acompanhado de arrecadadores que recolhiam em seguida as moedas de volta.
O seu vizinho e colega, o Xeque Shariman, ofereceu a Al Mamoun uma pequena lembrança em nome da paz: a lindíssima escrava Zumurud com a qual o potente chefão prometeu exclusividade. Porém, como pode acontecer com alguns homens*, na hora H o fogoso soberano – não acudindo o propósito – broxou. Um dos seus 39 ministros sugeriu que fossem chamados especialistas para que, narrando algumas histórias eróticas e excitantes, pudessem fazer voltar ao governante o funcionamento do seu santo minarete. Esses narradores estavam prevenidos que, se não tivessem êxito, seriam decapitados.