Um heroico e devastador documentário autobiográfico de Sasha Joseph Neulinger, “Rewind” apresenta-nos um garotinho gordinho com um terrível fardo que está queimando dentro dele. Toda história começa com seu pai, Henry Nevison, chegando atrasado em seu nascimento, porque foi comprar uma câmera de vídeo que o permitia gravar obsessivamente a vida diária da família. Porém, a mãe, Jacqui, achava que a câmera impedia uma relação mais pessoal e que era um muro entre eles. Crescendo extrovertido e saudável, em um determinado ponto, Sasha mudou drasticamente sua personalidade e comportamento e tornou-se irreconhecível. As centenas de horas de gravação do seu pai, aparentemente cheias de alegria entre familiares, escondiam as memórias vívidas de infância de abusos sexuais que Sasha sofreu. Era uma época em que mentiras e horrores se escondiam em sorrisos forçados e brincadeiras. Os relatos expostos em fragmentos vão montando um grande emaranhado de condutas sombrias por parte das pessoas que cercavam Sasha, fazendo com que o quebra-cabeça fique intricado e custoso para se encaixar. “Rewind” venceu a Menção Especial do Júri de melhor documentário e nomeado a melhor documentário no Tribeca Film Festival 2019; venceu no voto do público no Palm Springs International Film Festival de 2020; foi nomeado a melhor documentário no Critics’ Choice Documentary Awards de 2020, no San Diego Film Critics Society Awards de 2021 e no International Online Cinema Awards (INOCA) de 2020.